Rio de Janeiro - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, criticou o
cancelamento de cirurgias e consultas em unidades do Sistema Único de
Saúde (SUS), como forma de protestar contra o Programa Mais Médicos,
anunciado pelo governo federal.
“O Ministério da Saúde está com as portas abertas para ouvir
sugestões. Mas não concordo que se prejudique a população que às vezes
espera meses por uma cirurgia ou para uma consulta. Apresentem as
propostas concretas, mas não partam para uma tática que prejudique a
população”, disse ao se referir à paralisação que profissionais de Saúde fizeram ontem (30) em vários estados do país.
O ministro informou que passou a manhã na Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (USP) ouvindo professores, representantes de
estudantes e médicos, que apresentaram sugestões ao Mais Médicos.
Segundo Padilha, o governo está aberto ao diálogo para aprimorar o
programa.
“Quem vier apresentar propostas, se manifestar e discutir soluções,
elas [as propostas] serão muito bem-vindas. Não acho correto prejudicar a
população, cancelando cirurgias e consultas por um programa que não
baixa o salário de ninguém, não tira emprego de ninguém, pelo contrário,
gera empregos e oportunidade para médicos brasileiros”, concluiu.
O ministro deu as informações depois de participar, no centro do
Rio, da inauguração do Instituto Estadual do Cérebro (IEC). O Ministério
da Saúde vai custear 50% dos gastos de manutenção da unidade. Padilha
assinou a portaria durante a cerimônia. O percentual corresponde a R$
45,3 milhões por ano, que vai cobrir ainda os custos do Hospital
Estadual Anchieta, instalado no Caju, zona portuária do Rio. A unidade
vai prestar suporte clínico aos pacientes do IEC.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-07-31/padilha-critica-protesto-de-profissionais-de-saude-contra-mais-medicos
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