Brasília - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lamentou as ações
judiciais contra o Programa Mais Médicos. Na sexta-feira (23), a
Associação Médica Brasileira (AMB) e o Conselho Federal de Medicina
(CFM) entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF)
para suspender o programa. “O governo já ganhou todas as medidas
judiciais. Temos muita segurança jurídica do que estamos fazendo. Quem
quiser pode fazer sugestões para aprimorar, agora não venham ameaçar a
saúde da nossa população que não tem médico. O que move o Ministério da
Saúde é levar médicos aonde a população não tem médicos”, disse Padilha.
Na
petição, as entidades alegam que a contratação de profissionais
formados em outros países sem que sejam aprovados no Exame Nacional de
Revalidação de Diplomas (Revalida) é ilegal. “A medida retira dos
conselhos regionais de Medicina a competência para avaliar a qualidade
profissional do médico intercambista, na medida em que suprime a
possibilidade de fiscalizar o exercício profissional por meio da análise
documental para o exercício da medicina”, informa o documento.
As
entidades ainda dizem que a medida do governo promove o exercício
ilegal da medicina. “A pretensão do governo federal não garante
políticas públicas de qualidade e tem o condão de permitir o exercício
irregular e ilegal da medicina no Brasil, eis que é sabido de todos que
não existe revalidação”. A ação é relatada pelo ministro Marco Aurélio
Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O programa foi alvo de
cinco ações judiciais, três na Justiça Federal em Brasília e duas no
STF. O Mais Médicos foi questionado pelo deputado federal Jair Bolsonaro
(PP-RJ) em mandado de segurança sob relatoria do ministro Marco Aurélio
Mello. Além da ação de Bolsonaro, havia outro questionamento da
Associação Médica Brasileira que foi negado pelo ministro plantonista
Ricardo Lewandowski antes mesmo de ouvir as partes envolvidas.
http://agencia-brasil.justica.inf.br/noticia/2013/8/governo-seguranca-juridica-sobre-programa-medicos-ressalta-padilha
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