As principais entidades médicas do país elevaram o tom das críticas ao governo diante do acordo para a vinda de 4.000 cubanos.
O CFM (Conselho Federal de Medicina), a Fenam (Federação Nacional dos
Médicos) e a AMB (Associação Médica Brasileira) contestam que
estrangeiros atuem no país sem que antes passem por rígidos testes de
conhecimento da área e da língua.
Segundo Geraldo Ferreira, presidente da Fenam, a qualidade dos
profissionais é "extremamente duvidosa" e a forma de contratação desses
médicos tem "características de trabalho escravo".
Para Ferreira, a atuação de cubanos em outros países da América Latina se assemelha a uma "brigada militar".
"O melhor caminho para o preenchimento de vagas de médicos, onde eles
não estejam, é o concurso médico nacional, com contratação pelo governo
federal e distribuição desses profissionais para os municípios."
O presidente do CFM, Roberto D'Ávila, afirmou que a medida é "eleitoreira".
Ele diz que a medida "poderá causar um genocídio", mas ressaltou que os
conselhos vão fiscalizar os estrangeiros.
"Vamos à Justiça para barrar
os registros desses profissionais e tentar caracterizar exercício ilegal
da medicina", declarou.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/08/1330102-contrato-com-medicos-cubanos-e-como-trabalho-escravo-diz-federacao.shtml
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