Brasília - O governo brasileiro pretende atrair não somente médicos cubanos
para trabalhar nas regiões mais carentes do país, mas também
profissionais de Portugal e da Espanha. O ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, disse hoje (7), que desde o início do ano estuda alternativas
para suprir a deficiência desses profissionais nas regiões mais remotas
do país. "Esse é um dos nós mais críticos para levar a saúde para a
população.
Não se faz saúde sem médicos. O Brasil precisa de mais
médicos com mais qualidade e mais próximos da população".
Padilha disse que o governo estuda várias alternativas. "A ´principal
medida que temos adotado é estruturar os serviços de saúde e ampliar o
número de vagas nos cursos de medicina nas universidades". Outra
bandeira do ministério é o Programa de Valorização do Profissional da
Atenção Básica (Provab), que oferece salários mensais de R$ 8 mil e
pontos na progressão de carreira dos médicos que vão para o interior e
as periferias. Até hoje só 4 mil médicos aceitaram participar do
programa.
"Como ministro da Saúde, não vou ficar vendo a situação de Espanha e
Portugal - que têm médicos de muita qualidade, que falam português e que
vivem uma situação de 30% de desemprego - sem pensar em alternativas de
intercâmbio para trazer esses profissionais".
De acordo com Padilha, o Brasil está acompanhando experiências de países
desenvolvidos como a Inglaterra, onde 40% dos médicos foram atraídos de
outros países, Canadá onde 22% dos médicos são estrangeiros ,e
Austrália, onde essa participação é 17%. No Brasil, apenas 1% dos
médicos veio de outros países.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-05-07/alem-dos-cubanos-brasil-pode-atrair-medicos-de-portugal-e-da-espanha
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