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Saturday, 31 August 2013

HUMOR MEDICINAL Jô Soares


Pérolas recolhidas em relatórios médicos de hospitais:


"O paciente não tem histórico de suicídios"

"O paciente recusou a autópsia"
"Quando o paciente ingressou no hospital seu coração já tinha deixado de bater e encontrava-se muito melhor"

Apagão na saúde

Dilma Serrão, prefeita de Belterra, no interior do Pará, chegou a afirmar que “os municípios ao longo da Transamazônica travam uma guerra salarial por médicos que chega a salários de 20 a 30 mil reais.” 
                                                                                                                                 
Para atuar na única unidade hospitalar da rede pública de São Gabriel da Cachoeira, município situado a 851 km de distância de Manaus, na faixa de fronteira com a Colômbia, cooperativas médicas chegam a cobrar até BRL 120 mil por mês por um anestesiologista. 

http://onial.wordpress.com/tag/medicos/


médico no interior do AM custa até R$ 120 mil por mês

TOA - Manter médico no interior do AM 

custa até R$ 120 mil por mês, diz Exército

07 12 2012 Segundo o general de divisão, Guilherme Cals Theophilo, comandante da 12ª Região Militar, para dispor de um médico anestesiologista o custo mensal com o salário do especialista chega a R$ 120 mil. "Para colocar um anestesista no Hospital de São Gabriel da Cachoeira, nós estamos com dificuldades porque não temos militares com essa especialidade. A cooperativa de anestesista nos cobrou 120 mil reais na primeira sondagem e na segunda R$ 112 mil. A princípio temos um contrato até fevereiro pago pelo governo do Amazonas pelos serviços desse médico civil", revelou o general.

 http://www.defesanet.com.br/toa/noticia/8500/TOA---Manter-medico-no-interior-do-AM-custa-ate-R$-120-mil-por-mes--diz-Exercito/

 

Salários na web revelam que médico da rede pública recebe mais de R$ 70 mil

Justiça permite que o GDF coloque as informações de novo no site

 
04/07/2012 Há uma semana travou-se uma pendenga judicial entre sindicalistas e governo para definir quem está com a razão sobre a divulgação dos salários dos funcionários públicos na internet. As entidades que representam os servidores acham que a medida é invasiva, perigosa, constrangedora. O Executivo sustenta que a iniciativa é em homenagem à transparência. No meio da guerra, os dados vieram a público na última quarta-feira. Ontem, sumiram da internet. E hoje devem estar de volta à web. A disputa para ver quem tem razão ainda carece de uma decisão definitiva do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), mas o fato é que já é possível fazer algumas leituras a partir do que foi mostrado até agora. Por exemplo, o contracheque de um médico da ativa do GDF em maio informa remuneração de R$ 70 mil; 14 deles ganharam acima de R$ 40 mil no período e todos esses receberam mais de R$ 15 mil de horas extras em um mês.
No Distrito Federal, há 6.302 médicos que trabalham para o Governo do DF. Na categoria, existem variações de salários. Os que ganham menos estão em início de carreira e não têm titularidade: R$ 5,8 mil. Os mais antigos, já perto de se aposentar, chegam a remunerações de mais de R$ 40 mil em função do pagamento de horas extras. Segundo o Correio apurou (veja fac-símile), há pelo menos 14 profissionais da saúde cujos contracheques apontaram remunerações acima desse valor. São 12 doutores e duas doutoras com horas extras entre R$ 15.995,07 e R$ 18.719,64 que somadas aos salários — já no teto da remuneração constitucional — acumulam um vencimento para lá de generoso.  

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2012/07/04/interna_cidadesdf,310495/salarios-na-web-revelam-que-medico-da-rede-publica-recebe-mais-de-r-70-mil.shtml 

Mais Médicos atende a uma reclamação da sociedade

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff voltou a defender hoje (29) o Programa Mais Médicos e disse que o projeto atende a uma reclamação da sociedade. A declaração foi feita durante seu discurso na formatura de 1,7 mil alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) em Campinas.
“Fizemos esse programa [Mais Médicos] porque há uma reclamação [da sociedade]. O governo que não escutar a reclamação do povo, não é um bom governo. Nós escutamos que a saúde tem um problema, o atendimento. Então fizemos um programa de chamamento para onde não tinham médicos suficientes. Aqui no Brasil, há 700 municípios em que nenhum médico mora lá”, disse a presidenta.
Segundo Dilma Rousseff, a consulta por demanda de médicos em todo país apontou a necessidade de contratação de 15 mil profissionais. Para justificar a vinda de médicos estrangeiros, a presidenta ressaltou que “não houve número de médicos suficientes para alguns lugares do Brasil, que geralmente tem menos médicos, como periferias, interior do país, zona de fronteira, Semiárido nordestino e Amazônia e algumas regiões de grande pobreza com Índice de Desenvolvimento Humano [IDH] muito baixo”.
A presidenta disse que, nos Estados Unidos, a cada 100 médicos, 25 são estrangeiros. Na Inglaterra, o número chega a 37. Já no Brasil, o índice de médicos estrangeiros chega a 1,7 a cada 100 profissionais em atuação.
Sobre o Pronatec, a presidenta Dilma Rousseff destacou três pontos como essenciais ao programa: qualidade e diversidade dos cursos e o empenho dos estudantes. “Em nenhum país do mundo houve avanços significativos enquanto as pessoas não estudaram”.
“O Brasil precisa imensamente de profissionais com capacidade de trabalho, que tenham especialização. Nós somos um país que está se desenvolvendo rapidamente. Cada vez mais os trabalhos menos especializado vão perder importância e aqueles que pareciam menos especializados vão mudar, com a chegada do computador”, disse a presidenta.
Desde o início deste ano, foram matriculadas 3.184 alunos em Campinas, onde foram oferecidas 5.555 vagas a serem preenchidas até o fim do ano, totalizando um investimento de R$ 11,1 milhões. Em agosto, o Pronatec matriculou 657.241 estudantes em 1.872 municípios. A meta do governo federal é qualificar 1 milhão de brasileiros para o mercado de trabalho até 2014.
Entre os cursos mais demandados na cidade de Campinas, destacam-se o de operador de máquina de usinagem com comando numérico computadorizado; auxiliar de operações e logísticas, operador de empilhadeira e operador de torno com comando numérico computadorizado.

FONTE: Agência Brasil

Inca intensificará campanhas contra o uso do narguilé

Rio de Janeiro – O Instituto Nacional do Câncer (Inca) dedicará o Dia Nacional de Combate ao Fumo, hoje (29), para intensificar a campanha de combate ao narguilé, instrumento usado para fumar tabaco com filtro de água, aspirado por meio de uma mangueira. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre tabagismo apontou, em 2008, que cerca de 300 mil pessoas usavam o narguilé no país, sendo que, deste total, 40% tinham entre 15 e 24 anos de idade.
O epidemiologista do Inca, André Szklo, destacou que enquanto o consumo do cigarro está em tendência de queda nos últimos 20 anos devido às políticas públicas implementadas, existe uma proporção significativa do uso de narguilé entre jovens escolares e universitários. Ele informou que a experimentação do narguilé, geralmente, ocorre entre 13 e 25 anos e pode servir de trampolim para o tabagismo.
“Talvez, a migração para o narguilé ocorra devido ao desconhecimento sobre os malefícios do instrumento, pois ele nunca foi trabalhado em uma campanha. As pessoas têm um imaginário de que o narguilé seria menos nocivo”, disse Szklo. Por isso, ele ponderou para a necessidade de conscientização das pessoas sobre os malefícios provocados pelo uso do narguilé.
O uso do narguilé pode causar, a longo prazo, cânceres de pulmão, de boca e de bexiga, além de doenças respiratórias e na gengiva. 
Segundo Szklo, o tabaco usado no narguilé, além de conter as 4.700 substâncias tóxicas do cigarro convencional, tem mais nicotina, monóxido de carbono, metais pesados, carvão e outras substâncias cancerígenas que não estão na fumaça do cigarro. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma sessão de narguilé durante cerca de uma hora equivale a fumar 100 cigarros.

FONTE: Agência Brasil

Friday, 30 August 2013

PL 1549/2003 ACUPUNTURA



Situação: Aguardando Parecer na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC)
Autor        Celso Russomanno - PP/SP 

Apresentação
24/07/2003

Ementa
Disciplina o exercício profissional de Acupuntura e determina outras providências.
 

Última Ação Legislativa

Data
Ação
12/08/2013
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania ( CCJC )
Prazo para Emendas ao Projeto (5 sessões ordinárias a partir de 13/08/2013)

Pareceres Aprovados ou Pendentes de Aprovação

Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público   ( CTASP )
10/07/2013 - Parecer com Complementação de Voto, Dep. Vicentinho (PT-SP), pela aprovação deste e dos PLs nºs 2.284/03 e 2.626/03, apensados, com substitutivo. Inteiro teor

10/07/2013   01:00 Reunião Deliberativa Ordinária
Aprovado por Unanimidade o Parecer com Complementação de Voto.

Tramitação

10/07/2013
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público ( CTASP )
  • Apresentação da Complementação de Voto, CVO 1 CTASP, pelo Dep. Vicentinho
10/07/2013
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público ( CTASP ) - 10:00 Reunião Deliberativa Ordinária
  • Parecer com Complementação de Voto, Dep. Vicentinho (PT-SP), pela aprovação deste e dos PLs nºs 2.284/03 e 2.626/03, apensados, com substitutivo. Inteiro teor
  • Aprovado por Unanimidade o Parecer com Complementação de Voto.
17/07/2013
COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES ( CCP )
  • Parecer recebido para publicação.
17/07/2013
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania ( CCJC )
  • Recebimento pela CCJC, com as proposições PL-2284/2003, PL-2626/2003 apensadas.
01/08/2013
COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES ( CCP )
  • Encaminhada à publicação. Parecer da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público Publicado em avulso e no DCD de 2/8/2013, Letra B.
08/08/2013
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania ( CCJC )
  • Designada Relatora, Dep. Sandra Rosado (PSB-RN)
12/08/2013
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania ( CCJC )
  • Prazo para Emendas ao Projeto (5 sessões ordinárias a partir de 13/08/2013)
21/08/2013
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania ( CCJC )
  • Encerrado o prazo para emendas ao projeto. Não foram apresentadas emendas.



http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=125811

PL 1549/2003 ACUPUNTURA













PL 1549/2003 ACUPUNTURA



Situação: Aguardando Parecer na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC)
Autor        Celso Russomanno - PP/SP 

Apresentação
24/07/2003

Ementa
Disciplina o exercício profissional de Acupuntura e determina outras providências.

Última Ação Legislativa

Data
Ação
12/08/2013
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania ( CCJC )
Prazo para Emendas ao Projeto (5 sessões ordinárias a partir de 13/08/2013)

Pareceres Aprovados ou Pendentes de Aprovação

Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público   ( CTASP )
10/07/2013 - Parecer com Complementação de Voto, Dep. Vicentinho (PT-SP), pela aprovação deste e dos PLs nºs 2.284/03 e 2.626/03, apensados, com substitutivo. Inteiro teor

10/07/2013   01:00 Reunião Deliberativa Ordinária
Aprovado por Unanimidade o Parecer com Complementação de Voto.

Tramitação

10/07/2013
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público ( CTASP )
  • Apresentação da Complementação de Voto, CVO 1 CTASP, pelo Dep. Vicentinho
10/07/2013
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público ( CTASP ) - 10:00 Reunião Deliberativa Ordinária
  • Parecer com Complementação de Voto, Dep. Vicentinho (PT-SP), pela aprovação deste e dos PLs nºs 2.284/03 e 2.626/03, apensados, com substitutivo. Inteiro teor
  • Aprovado por Unanimidade o Parecer com Complementação de Voto.
17/07/2013
COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES ( CCP )
  • Parecer recebido para publicação.
17/07/2013
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania ( CCJC )
  • Recebimento pela CCJC, com as proposições PL-2284/2003, PL-2626/2003 apensadas.
01/08/2013
COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES ( CCP )
  • Encaminhada à publicação. Parecer da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público Publicado em avulso e no DCD de 2/8/2013, Letra B.
08/08/2013
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania ( CCJC )
  • Designada Relatora, Dep. Sandra Rosado (PSB-RN)
12/08/2013
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania ( CCJC )
  • Prazo para Emendas ao Projeto (5 sessões ordinárias a partir de 13/08/2013)
21/08/2013
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania ( CCJC )
  • Encerrado o prazo para emendas ao projeto. 
  • Não foram apresentadas emendas.



http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=125811

Câmara aprova prática da acupuntura por não-médicos



  13 07 2013 A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou, na última semana, proposta que autoriza o exercício da acupuntura por profissional que tenha concluído curso superior em acupuntura ou curso de graduação em qualquer área mais especialização em acupuntura. O projeto também permite que o portador de diploma técnico em acupuntura exerça a prática. As informações são da Agência Câmara.
O texto aprovado é um substitutivo ao projeto de lei do ex-deputado Celso Russomano (PRB-SP). O projeto original, como regra geral, exigia curso de graduação para a prática da acupuntura, abrindo exceção para os profissionais que já estivessem formados em cursos técnicos na data de entrada em vigor da lei.

Direito adquirido

De acordo com o substitutivo, o profissional que não tenha diploma técnico ou superior na área também pode exercer a acupuntura, desde que comprove o exercício regular da atividade por pelo menos cinco anos antes da publicação na nova lei.
"Com isso, estamos atendendo à Constituição Federal, segundo a qual a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada", argumentou o relator, deputado Vicentinho (PT-SP). O projeto original também garantia a regularização de quem atuava na área até a publicação da lei.
A proposta também autoriza a prática de procedimentos isolados de acupuntura durante outros atendimentos na área da saúde. Para tanto, o profissional responsável deverá participar de curso de extensão específico, oferecido por instituição reconhecida oficialmente.

                                                          Tramitação

A proposta, que tramita em caráter conclusivo, já foi aprovada pela Comissão de Seguridade Social e Família e será analisada ainda pela Comissão de Constituição e Justiça. 



http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SAUDE/447517-TRABALHO-APROVA-AUTORIZACAO-DA-PRATICA-DA-ACUPUNTURA-POR-NAO-MEDICOS.html

Wednesday, 28 August 2013

Mazelas do Internato Médico 2

O terceiro palestrante foi Itágores Lopes Souza Coutinho Hoffmann, atual coordenador do curso de medicina da UFTO que relatou a experiência de implementação do internato em uma instituição sem hospital escola próprio. Segundo ele, foi definido um estágio obrigatório de dois anos que contempla as quatro grandes áreas (Pediatria, Ginecologia, Obstetrícia e Cirurgia) e outras três que a instituição julga serem necessárias para formação completa do profissional médico: Urgência e Emergência, Medicina de Família e Comunidade e o Internato Rural. O processo de elaboração e implantação contou com uma Comissão de Internato, composta por docentes de todas as áreas.
“Preconizamos o internato rural, pois o internato não pode desconsiderar a região em que está inserido.”
O coordenador apontou que a definição de quem seriam os preceptores foi um dos maiores desafios. Afinal, os preceptores deveriam ser profissionais que já estavam presentes nos serviços. Ou seja, era preciso convencer o médico a realizar a supervisão acadêmica e realizar a capacitação deste profissional para a docência. A universidade contou com um curso da ABEM para realizar a capacitação e do Grupo Hospitalar Conceição de Porto Alegre no âmbito da Medicina e Família e Comunidade.
Segundo Itágores Hoffmann, era preciso assegurar também a valorização profissional. Assim, foi criado pelo Governo Federal o Pró-Internato, projeto que tem como objetivo assegurar recursos para os cursos que não têm hospital próprio oferecendo bolsas para os docentes. Além desse projeto, a UFTO recebeu também um apoio financeiro do Governo Federal destinado às escolas sem hospital, e proporcional ao número de alunos. A instituição optou por oferecer bolsas para os preceptores distribuídas por concursos descritos em editais referentes a cada grande área do internato.
Em seguida, Gustavo Fraga, coordenador da disciplina da cirurgia do trauma na UNICAMP falou sobre o ensino da urgência e emergência na graduação. Afirmou que a grande preocupação diz respeito aos médicos recém-egressos que não seguem para a residência e optam por trabalhar com a urgência e emergência. A dúvida, para o docente, é se a escola médica está dando uma boa formação para esses profissionais. Como exemplo, citou o resultado da prova do CREMESP de 2006, na qual apenas 40% dos recém-egressos sabiam tratar adequadamente um caso de traumatismo torácico.
Segundo o coordenador da UNICAMP, as Diretrizes Curriculares Nacionais são bastante superficiais sobre a descrição do que deve ser ensinado na graduação. Em um questionário respondido pelos coordenadores de curso da medicina de cerca de 40% das 169 escolas consultadas, os resultados demonstraram que existem grandes divergências no ensino da Urgência e Emergência ente as escolas. Das instituições participantes, 9% responderam que não oferecem atividades teórico-práticas em Urgência e Emergência na estrutura curricular. Quanto a temáticas pontuais, 92% disseram ensinar a abordagem ao paciente com parada cardiorrespiratória e 86% a conduta em caso de hemorragia. Enquanto, no caso do trauma, um dos maiores causadores de óbitos no Brasil, 20% das escolas afirmaram não possuir o tema no programa de ensino.
Para Gustavo Fraga, os campos de treinamento acadêmicos podem ser muito diversificados e compreender cenários como pronto socorro, laboratório de habilidades, SAMU e até mesmo as UPAS. Porém, o que vemos são locais inadequados ao ensino, com ambientes sempre lotados, com falta de preceptores e falta de laboratórios. E sendo o treinamento continuado fundamental para atuação junto à Urgência e Emergência, é preciso um número ainda maior de profissionais que sejam capacitados para a docência nesta área.
Fraga relembrou os quatro projetos da ABEM 50 anos que compreendem: o teste de progresso, as formas de avaliação, o internato médico e o ensino de Urgência e Emergência. Assim, todas as escolas médicas devem estar atentas, pois podem fazer parte da formulação destes projetos com um representante docente e um discente.
“As Diretrizes Curriculares Nacionais preconizam a formação do generalista. E eu, enquanto estudante de medicina, estou inserida entre os quatro muros do hospital universitário.” – Diz a acadêmica Raquel Carvalho de Souza.
Segundo ela, a aderência precoce do estudante de medicina aos cursinhos para a residência influencia diretamente no aproveitamento das atividades propostas para o internato. Afirmou ser comum ver acadêmicos que priorizam o estudo focado para as provas de residência a invés da formação de habilidades e competências desenvolvidas no período do estágio obrigatório.
Raquel de Souza apontou, ainda, os conflitos da convivência entre internos e residentes na mesma área de prática. Questionou quais as atribuições específicas do interno e do residente dentro do funcionamento do serviço de saúde. Segundo a acadêmica, a disputa pela execução de procedimentos e atuação tem origem principalmente na qualidade do estágio obrigatório que o recém-egresso vivenciou. Com isso, o profissional que se forma sem ter desenvolvido habilidades básicas à formação do generalista como, por exemplo, a realização de partos normais de baixo risco, chegará à residência querendo desenvolver estas competências e disputará espaço com os internos as práticas do serviço. Dessa forma, se houvesse uma regulamentação comum para o internato no país haveria uma distinção mais clara na atuação de internos e residentes.

http://academiamedica.com.br/as-mazelas-do-internato-medico/