Estudo do Banco Mundial mostra que Brasil gasta mal as verbas destinadas à saúde
O setor
de saúde no Brasil gasta mal, desperdiça e é mal gerido.
Especialistas do Banco Mundial (Bird), que fizeram amplo estudo sobre a rede hospitalar brasileira, reprovaram tanto unidades públicas como privadas.
Especialistas do Banco Mundial (Bird), que fizeram amplo estudo sobre a rede hospitalar brasileira, reprovaram tanto unidades públicas como privadas.
O relatório "Desempenho hospitalar brasileiro", lançado ontem em São
Paulo (2008), mostra que o sistema no país é ineficiente e encarece os custos
hospitalares.
Após cinco anos de estudos, os pesquisadores Gerard La
Forgia e Bernard Couttolenc apresentaram o "escore de eficiência" dos
hospitais: de uma escala de 0 a 1, a nota no Brasil é um amargo 0,34.
Eles defenderam uma reforma profunda no modelo atual.
A pesquisa revela que 52% dos hospitais fora de São
Paulo não têm critérios sobre diagnósticos para controle de vigilância
contra infecção ou perderam os dados sobre isso.
- No sistema
brasileiro de saúde, o centro do universo são os hospitais.
É a maior fonte de gastos do sistema, mas há pouca informação sobre gastos e desempenho.
É a maior fonte de gastos do sistema, mas há pouca informação sobre gastos e desempenho.
São serviços muito caros e que nem sempre contribuem para a
boa saúde da população - diz Gerard La Forgia, o principal especialista
em saúde do Bird.
A transformação do hospital nesse centro nervoso da saúde causa um
desperdício de dinheiro porque o cidadão acada sendo atendido em um
equipamento público ou privado de alta complexidade quando, na verdade,
precisaria apenas de um procedimento médico simples.
Dos R$196 bilhões
gastos em saúde em 2006, 67% foram para os hospitais.
Desse total, cerca de 30%, ou R$10 bilhões, foram gastos em internações
que não requeriam cuidados hospitalares.
"É um problema sistêmico hoje"
A maioria dos hospitais é ineficiente em escala e produtividade. Poderia fazer muito mais com os recursos de que dispõe.
Dos 7.426 hospitais brasileiros, apenas 56 têm selo de qualidade.
http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/416541/noticia.htm?sequence=1
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