Diretor do Museu da Farmácia considera que
a "medicina tradicional" é subaproveitada
Lisboa, 29 Out (Lusa) - O
director do Museu da Farmácia considerou hoje no workshop
"Plantas medicinais e práticas fitoterapêuticas nos Trópicos",
a decorrer nos dias 29, 30 e 31, que os poderes curativos da natureza devem ser
explorados em todas as
vertentes.
Em declarações à Lusa João Neto,
43 anos, director do Museu da Farmácia, disse que "as pessoas devem conhecer todas as
oportunidades que a natureza dá e saber aproveitá-las" e que o
evento é da "maior importância porque o Homem só evolui trocando
conhecimento."
Ana Cristina Roque, do
Departamento de Ciências Humanas do Instituto de Investigação, explicou que o tema deste workshop resulta do cruzamento da
história, antropologia e sociologia com a investigação científica e
farmacêutica.
A actividade "Plantas
medicinais e práticas fitoterapêuticas nos Trópicos", promovida pelo
Instituto de Investigação Científica Tropical (ICTT) e pelo Centro Científico e
Cultural, reúne saberes e práticas
tradicionais de três espaços geográficos (Pacífico, Índico e Atlântico)
e assinala os 125 anos do ICTT.
O evento pretende perspectivar os saberes tradicionais de forma
comparativa e interdisciplinar tendo em conta elementos históricos,
sociológicos e etnobotânicos, reconhecendo a sua importância no contexto actual
de algumas sociedades.
O estudo
das práticas curativas de etnias de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e
Moçambique, em África, Brasil, México Chile e Peru, na América Latina, são
apresentados numa exposição aberta ao público até sexta-feira, complementada
com visitas ao Jardim Botânico Tropical, em Lisboa.
As conferências e a exposição
exploram cerca de 50 práticas medicinais e apresenta cerca de 600 espécies
tropicais ou subtropicais, expostas no Jardim Botânico Tropical em Belém.
29 de
Outubro de 2008
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