Penalidades não impedem novas violações
As multas aplicadas às empresas farmacêuticas por atividades ilegais não estão impedindo que elas voltem a cometer novas violações, afirma artigo publicado ontem na revista científica "British Medical Journal".
Segundo o médico Sidney Wolfe, fundador e conselheiro sênior do Grupo de
Pesquisa em Saúde Pública Cidadã, há uma "patológica falta de
integridade corporativa em muitas farmacêuticas".
Wolfe e outros pesquisadores analisaram todas as penalidades civis e
criminais aplicadas pelos governos federal e estaduais norte-americanos a
empresas farmacêuticas entre janeiro de 1991 a julho de 2012, somando
um total de US$ 30,2 bilhões.
Mais da metade das multas era de promoção ilegal de medicamentos, de
cobrança a mais por drogas fornecidas a programas governamentais ou
propina paga a profissionais de saúde.
Nos últimos três anos e meio, o total de penalidades aplicadas representou mais da metade do montante registrado nos últimos 21 anos.
Nos últimos três anos e meio, o total de penalidades aplicadas representou mais da metade do montante registrado nos últimos 21 anos.
O maior crescimento foi de sanções penais, que aumentou mais de cinco
vezes. De US$ 920 milhões entre 2005 e 2008 para US$ 5,1 bilhão entre
2009 e meados de 2012.
Segundo Wolfe, a GlaxoSmithKline está no topo da lista de infratores reincidentes, com sanções penais e civis que somam US$ 7,56 bilhões desde 1991. A Pfizer vem em segundo lugar, com US$ 2,96 bilhões em penalidades.
Segundo Wolfe, a GlaxoSmithKline está no topo da lista de infratores reincidentes, com sanções penais e civis que somam US$ 7,56 bilhões desde 1991. A Pfizer vem em segundo lugar, com US$ 2,96 bilhões em penalidades.
Desde 1991, 11 outras empresas farmacêuticas receberam multas superiores a US$ 50 milhões em pelo menos duas ocasiões.
"Isso ilustra o fracasso de tais grandes penalidades e das instituições
que fazem acompanhamento para coibir esse tipo de comportamento", diz
ele.
No comments:
Post a Comment