Diretrizes da OMS para o desenvolvimento de informações ao consumidor sobre o correto uso das MT/MCA 2

As Medicinas Tradicionais, Complementares e Alternativas não são regulamentadas em muitos países, a comunicação entre os pacientes e os prestadores de cuidados de saúde é geralmente pobre, e há uma necessidade urgente de desenvolver a informação ao consumidor, a fim de minimizar os riscos e maximizar os benefícios do uso de MT/MCA.

A presença de estruturas que regem a educação, informações e/ou de pesquisa MT/MCA e a existência de organizações profissionais MT/MCA são importantes para o desenvolvimento, implementação e difusão de atividades de promoção da utilização adequada das MT/MCA.

A formação adequada e o licenciamento dos profissionais irá melhorar a segurança, promover a credibilidade das terapias e prestadores de MT/MCA e aumentar a confiança do consumidor nestes profissionais.

Diretrizes para a formação básica e educação continuada dos profissionais MT/MCA foram desenvolvidos por uma série de organizações, incluindo a OMS e vários governos nacionais e várias organizações profissionais.

Os esforços para fortalecer a organização dos profissionais MT/MCA vai ajudar a garantir melhores estruturas para os mecanismos de controle de auto-regulamentação e contribuir para um maior profissionalismo.

Há uma necessidade de desenvolver as organizações locais de profissionais MT/MCA que pode se tornar a espinha dorsal de futuras organizações nacionais. O desenvolvimento de um código de ética profissional pode contribuir ainda mais para a confiança e segurança do consumidor. O reconhecimento oficial da competência dos profissionais MT/MCA (por exemplo através de quadros legais) também deve ter lugar.

De modo a evitar o tratamento por profissionais MT/MCA não qualificados e negligência, é importante o consumidor saber como identificar um provedor qualificado.

Em países onde o nível de educação e/ou conhecimento é controlada por normas legais ou regulações voluntárias, um profissional MT/MCA geralmente deve ter cumprido esses requisitos, a fim de ser considerado qualificado.  
Uma maneira de certificar "boas práticas" de profissionais MT/MCA qualificados é registrar todos os provedores qualificados e impor um sistema onde os pacientes podem relatar negligência. A repetição de erros ou negligência grave poderão levar à retirada do certificado de matrícula.

No entanto, tal sistema de garantia de qualidade baseia-se na consciência e responsabilidade do consumidor uma vez que relatórios sobre incidentes de negligência vêm principalmente dos próprios consumidores. Portanto, as informações devem estar disponíveis onde os casos de negligência pode ser denunciados.

Profissionais qualificados e registrados também podem ser identificados através de um sistema de certificados, que podem ser emitidos pelas autoridades nacionais ou por organizações profissionais de auto-regulação e concebidos de forma que eles possam ser facilmente reconhecidos.

Além disso, as listas de profissionais registrados e qualificados em MT/MCA disponíveis para o público podem ser atualizadas periodicamente e publicadas em um formato facilmente acessível em versão impressa ou na internet e disponibilizados através de um centro de informações, através das autoridades locais e de organizações de consumidores e profissionais organizações, por exemplo.

Na ausência de regulamentação adequada, alguns profissionais podem não aderir a padrões adequados de prática clínica, com implicações óbvias para a segurança.

 

Uma forma de eliminar essas preocupações é treinar, regular e registrar todos os profissionais que empregam MT/MCA e incentivar os consumidores a procurar tratamento de profissionais competentes que prestam serviços de alta qualidade.

 

Além disso, os profissionais devem, preferencialmente, ser educados nos princípios gerais da medicina convencional, a fim de encaminhar os pacientes aos médicos convencionais, quando apropriado. 

Outra forma de incentivar a boa prática clínica é ajudar a fortalecer e aumentar a organização de profissionais MT/MCA. Isso ajuda a facilitar o uso de mecanismos voluntários de controle e contribui para um maior profissionalismo.

 http://apps.who.int/medicinedocs/en/d/Js5525e/8.6.html