Em cinco anos, SUS sofre desvios de
mais de R$ 500 milhões
Cerca de R$ 502 milhões de recursos públicos do SUS (Sistema Único de Saúde) foram aplicados irregularmente por prefeituras, governos e instituições públicas e particulares em um período de cinco anos, segundo denúncio do jornal Folha de S. Paulo deste domingo.
Além dos devios na aplicação de recursos, há casos de equipamentos doados e não encontrados, cobranças indevidas, problemas em licitação e prestação de contas, suspeitas de fraudes e favorecimentos.
Em um dos casos destacados, em um único dia, um paciente "conseguiu ser atendido" 201 vezes em uma clínica de Água Branca, no Piauí, com o valor de todas essas consultas cobradas pelo sistema.
O mesmo local cobrou, ainda, tratamento em nome de mortos.
Em Nossa Senhora dos Remédios, também no Piauí, de 20 profissionais
cadastrados nas equipes do Programa Saúde da Família, 15 nunca haviam
dado expediente.
Em Ibiaçá (RS), remédios do SUS foram cedidos a pacientes de planos de saúde.
As íntegras desses e de outras centenas de auditorias estão disponíveis no site do Denasus. Mas, para ter acesso às fiscalizações, a Folha pediu dados ao governo federal via Lei de Acesso à Informação.
A maior parte dos desvios foi constatada em auditorias cuja principal responsável pela gestão dos recursos era a prefeitura (73% do valor), seguido dos Estados (15%). O restante é dividido em clínicas particulares, instituições beneficentes e farmácias.
Das 1.339 auditorias analisadas pela Folha, 113 têm o ressarcimento calculado em mais de R$ 1 milhão cada.
Com o valor desviado, por exemplo, poderiam ser construídas 227 novas UPAs (unidades de pronto atendimento) ou, ainda, 1.228 novas UBS (unidades básicas de saúde).
Em Ibiaçá (RS), remédios do SUS foram cedidos a pacientes de planos de saúde.
As íntegras desses e de outras centenas de auditorias estão disponíveis no site do Denasus. Mas, para ter acesso às fiscalizações, a Folha pediu dados ao governo federal via Lei de Acesso à Informação.
A maior parte dos desvios foi constatada em auditorias cuja principal responsável pela gestão dos recursos era a prefeitura (73% do valor), seguido dos Estados (15%). O restante é dividido em clínicas particulares, instituições beneficentes e farmácias.
Das 1.339 auditorias analisadas pela Folha, 113 têm o ressarcimento calculado em mais de R$ 1 milhão cada.
Com o valor desviado, por exemplo, poderiam ser construídas 227 novas UPAs (unidades de pronto atendimento) ou, ainda, 1.228 novas UBS (unidades básicas de saúde).
Para burlar as contas do SUS, gestores falsificam registros hospitalares
ou inserem em seus cadastros profissionais "invisíveis".
Para o
Ministério da Saúde, a soma das irregularidades das auditorias pode ser
ainda maior, devido a novos relatórios complementares dos últimos meses.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/134825-sus-paga-201-consultas-no-mesmo-dia-para-paciente.shtml
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