As Medicinas Tradicionais sempre
desempenharam um papel fundamental na saúde mundial e continuarão a ser utilizadas para tratar uma vasta gama de condições e doenças.
Estima-se que entre 70 e 95% dos
cidadãos nos países em desenvolvimento dependam das MTs para cuidados primários
de saúde e que entre 70 e 90% da
população do primeiro mundo já usaram as MTs, em um mercado global da ordem de
83 bilhões de dólares (2008).
Fato que não deveria causar
surpresa uma vez que os modernos medicamentos começaram com a produção
comercial da penicilina há poucas décadas. Em tempo, cerca de 60% de certas
classes de medicamentos modernos são derivados, direta ou indiretamente, de
plantas medicinais e é bom ressaltar que os medicamentos tradicionais são
apenas parte das MTs.
Resolução não é
apenas carta de intenções
A Assembléia Mundial de Saúde é o órgão
supremo da OMS e é composta de delegados de todos os Estados-membros.
A Resolução WHA62.13 reconheceu
que as MTs são um dos recursos dos cuidados primários de saúde e instou os seus
membros a adotar a Declaração de Beijing sobre MT.
“Os conhecimentos, tratamentos e
práticas das MTs devem ser respeitados, preservados e comunicados amplamente”, os
Estados membros devem “estabelecer sistemas para qualificar, acreditar ou
licenciar os profissionais das MTs”, reforçar a comunicação e a cooperação
entre estes profissionais e os da medicina moderna e desenvolver as MTs com base em pesquisa e inovação foram algumas das determinações.
Silêncio
Já se passaram quase três anos
desde a aprovação da WHA62.13 e causa estranheza tamanha desinformação a
respeito e a não implementação desta importante Resolução das Nações Unidas
para a saúde. É razoável esperar que as MTs sejam introduzidas, desenvolvidas e
preservadas de acordo com o espírito e letra das WHAs.
JORNAL VIDA INTEGRAL
abril 2012
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