DEZ
ANOS DA ESTRATÉGIA DA OMS SOBRE MEDICINA TRADICIONAL
A OMS é a maior autoridade em saúde do mundo e
tem entre suas funções, atuar como autoridade diretoria e coordenadora dos
trabalhos internacionais em saúde; propor regulamentos; promover o melhoramento
das normas de ensino e de formação prática do pessoal da saúde, médico e de
profissões afins e estabelecer normas para métodos de diagnóstico.
A Assembléia Mundial de Saúde é o órgão de
decisão da OMS. Determina a política da Organização e tem autoridade para
adotar convenções ou acordos.
Cada Estado-membro está
comprometido a tomar as devidas medidas e apresentar anualmente um relatório
sobre o que foi feito em relação às recomendações, convenções, acordos e
regulamentos aprovados, no prazo de dezoito meses depois da adoção. Caso não
aceite, deverá enviar uma comunicação informando as razões.
Existem Resoluções das Assembléias de Saúde sobre
segurança e qualidade de produtos sanguíneos, hepatite viral, doença de Chagas, alimentação de lactentes e crianças, SARS, HIV/SIDA, doenças
infecciosas, doenças não transmissíveis, farmacovigilância, etc. Embora muito
pouco divulgada, existe também a Resolução WHA62.13, a última sobre Medicina
Tradicional, que já completou três anos.
A OMS também tem elabora Estratégias e Planos de Ação, como a Estratégia de Medicina Tradicional 2002-2005,
muito pouco discutida no país.
Uso racional
Este documento tem quatro objetivos bem definidos. Um deles, o uso racional, implica em qualificação e licenciamento de
provedores MT/MCA; uso adequado de produtos com garantia de qualidade; boa comunicação entre profissionais MT/MCA,
profissionais alopatas e pacientes
e fornecimento de informações confiáveis e orientações para o povo.
Uso racional em relação à educação significa, em primeiro lugar, garantir que os conhecimentos, qualificações e formação
de provedores MT/MCA sejam adequados. A OMS esperava que até 2005
fossem criados cursos de formação básica para profissionais alopatas nas
terapias MT/MCA mais utilizadas e cursos de formação básica em atenção primária
de saúde para profissionais MT.
Acesso
A OMS enfatizou o acesso das populações mais pobres a estas formas de
tratamento. Entre os desafios previstos em 2002
estavam a falta de reconhecimento oficial tanto das MT/MCA quanto de seus
profissionais, a falta de mecanismos legislativos e legais, a falta de registro
dos provedores de MT/MCA, a necessidade de se identificar as terapias e
produtos mais seguros e eficazes, a falta de metodologia adequada e apoio a
pesquisas. Também a falta de padrões nacionais e internacionais para
garantir a segurança, eficácia e controle de qualidade terapias e produtos MT/MCA.
Já se passou mais de uma década desde a publicação da Estratégia e está mais do que na hora de ser feita uma análise
criteriosa da situação das Medicinas Tradicionais baseada na execução
das decisões e diretrizes da OMS.
JORNAL VIDA INTEGRAL
setembro 2012
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