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Thursday, 25 September 2014

TRADITIONAL MEDISIN ENTREVISTA CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL

TRADITIONAL MEDISIN ENTREVISTA O CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL RAFAEL MARMO


Agradecemos ao candidato a deputado federal Sr. Rafael Marmo (PSOL), nosso primeiro entrevistado, por nos conceder esta entrevista, lembrando que ainda teremos uma segunda rodada de perguntas.
O candidato Marmo respondeu questões sobre Medicinas Tradicionais, regulamentação profissional e ato médico, entre outros temas.
A entrevista foi feita inteiramente pelo facebook; as perguntas foram postadas integralmente e respondidas através dos “comentários”, conforme se pode verificar nas postagens de 19 de setembro último:

Como a Medicina Tradicional é um assunto é praticamente desconhecido, faz-se mister uma breve introdução.

OUVIMOS falar, muito de vez em quando, na Organização Mundial da Saúde; ultimamente devido à epidemia do ebola.
Mas ignoramos, incompreensivelmente, TUDO o que a OMS tem produzido sobre Medicinas Tradicionais há mais de meio século!
Inclusive as mais de uma dúzia de Resoluções das Assembléias Mundiais de Saúde, as Estratégias Globais de Medicinas Tradicionais, Congresso da OMS de Medicinas Tradicionais, Parâmetros da OMS de Formação em Medicina Tradicional etc, etc.
De acordo com a OMS os sistemas terapêuticos mais antigos existentes utilizados pela humanidade para a saúde e bem-estar são chamados de Medicina Tradicional ou Medicina Complementar e Alternativa (MT/MCA), cujas terapias, profissionais e produtos exigem a consideração de questões de segurança, eficácia e qualidade-base da defesa e proteção do consumidor.
Os povos, que possuem a liberdade de escolha, segundo a Declaração de Alma Ata, têm o direito E DEVER de participar no planejamento e implementação de cuidados de saúde e precisam estar muito bem informados tanto das vantagens quanto dos riscos quando resolvem utilizar MT/MCA.
A OMS, através das Conferências de Saúde realizadas em Alma Ata (1962 e 1978), e através de Resoluções (vide EB63.R4) determinou que, junto às equipes de cuidados primários de saúde compostas por médicos, enfermeiras, assistentes e etc, fossem incluídos, adequadamente formados, os profissionais da Medicinas Tradicionais.
Segundo a OMS, tem havido no mundo inteiro um aumento dramático na popularidade e uso de várias disciplinas conhecidas coletivamente como Medicina Tradicional nos últimos 30 anos, apesar dos incansáveis alardes dos incessantes e fantásticos progressos da medicina moderna.
A medicina tradicional tem fortes raízes históricas e culturais, particularmente em países em desenvolvimento, onde os profissionais tradicionais são membros que contam com o respeito da comunidade local e a imensa maioria da população de alguns países da América Latina, África e Ásia depende de MTs e de seus profissionais para cuidados primários; por outro lado, aumentou consideravelmente o uso das MTs em muitos países desenvolvidos, onde é a MT é considerada medicina complementar ou alternativa.
Um grande problema que recentemente surgiu com a crescente demanda e a globalização foi que as terapias da medicina tradicional, em muitos casos, já não estão mais limitadas aos seus países de origem, o que tornou difícil identificar profissionais qualificados.
Em 2003, uma resolução da Assembléia Mundial de Saúde WHA56.31 sobre medicina tradicional instou os Estados-Membros formular e implementar políticas nacionais e regulamentos a fim de apoiar a utilização adequada.
E os Estados-Membros foram instados a integrar MT/MCA em seus sistemas nacionais de saúde.
Já a Resolução da OMS WHA62.13 exortou os Estados-Membros a criação de sistemas de qualificação, acreditação ou licenciamento de profissionais da medicina tradicional e instou os Estados-Membros a ajudar profissionais MT a atualizar seus conhecimentos e habilidades, em colaboração com provedores de atendimento convencional.
Uma série de sete documentos da OMS “Benchmarks para formação básica em MT/MCA” é parte da implementação da Resolução WHA62.13 da OMS.
Os Benchmarks se destinam a apoiar os países a estabelecer sistemas para a qualificação, acreditação ou licenciamento dos praticantes da medicina tradicional; auxiliar os profissionais MT a atualizar os conhecimentos e habilidades em colaboração com os prestadores de cuidados convencionais; permitir uma melhor comunicação entre médicos convencionais e profissionais tradicionais, bem como outros profissionais de saúde, estudantes de medicina e pesquisadores através de programas de formação adequados e promover a integração da medicina tradicional no sistema nacional de saúde
No Brasil, apesar da OMS há mais de meio século promover as MTs através de RESOLUÇÕES, DIRETRIZES, PARÂMETROS DE REFERÊNCIA, ESTRATÉGIAS MUNDIAIS, etc, etc, não há regulamentação das MTs, não há educação formal, não há bibliotecas digitais, Departamento de MT junto ao Ministério da Saúde, nem requisitos nacionais para qualificação, licenciamento ou qualificação dos profissionais MTs.
Os profissionais das MTs Indígena, Africana e Asiática constituem um exército de reserva que, imediatamente poderia ser convocado para trabalhar DE FORMA REGULAMENTADA, auxiliando o povo que sofre com o apagão na saúde.
NÃO SE TEM NOTÍCIA QUE AS MEDICINAS TRADICIONAIS E TODA A EXTENSA DOCUMENTAÇÃO DA OMS PRODUZIDA AO LONGO DE MAIS DE CINQUENTA ANOS, INCLUINDO RESOLUÇÕES, são discutidas no meio governamental, na academia e na midia; nem mesmo no meio dos profissionais da saúde que usam algumas das técnicas das MT/MCA como terapia auxiliar.
O povo, apesar de depender das MTs e continuar a utilizá-las no dia a dia, permanece sem qualquer informação.
Nestas-ou em anteriores eleições- por acaso alguém ouviu algum candidato a qualquer cargo mencionar MEDICINA TRADICIONAL?
Pelo andar da carruagem não se vislumbra a menor chance que, num futuro próximo, isto venha acontecer.
Raríssimas e honrosas exceções apenas comprovam a regra.



TRADITIONAL MEDISIN: No Brasil não existe debate sobre Medicinas Tradicionais, promovidas pela OMS há meio século através de RESOLUÇÕES, DIRETRIZES, PARÂMETROS DE REFERÊNCIA, ESTRATÉGIAS MUNDIAIS, etc, encobertas por uma neblina espessa como mingau. Por este motivo as discussões sobre Acupuntura se tornam provincianas e as disputas entre conselhos, paroquianas. O Sr. (a) é contra ou a favor a OMS e UNESCO em matéria de MTs? Por quê?

CANDIDATO RAFAEL MARMO: Sou a favor as resoluções, diretrizes, parâmetros e estratégias da OMS, esse debate não acontece devido a dispersão dos profissionais e a divisão das MT em técnicas e cada qual defendendo a regulamentação da técnica a qual milita. Em muitos casos a vaidade pessoal faz com que se busque apenas pra si os pequenos avanços, que se fosse coletivo poderia ser muito maior. Acredito que esse debate deva ser feito coletivamente. Pela questão institucional os conselhos tomaram pra si a discussão a respeito da Acupuntura, Quiropraxia, Nutrologia, Práticas corporais etc de forma corporativista e sempre mercantilista. O Acupunturista Tradicional não pode ficar fora dessa discussão, mas para que isso ocorra devemos trabalhar pela regulamentação que trará esse debate aos profissionais da área.

TM: Para a UNESCO, não discriminação contra a MT implica reconhecê-la e respeitar os direitos dos profissionais tradicionais. No Brasil elas não são reconhecidas. Há discriminação contra os profissionais MT?

Rafael Marmo: No Brasil há a clara intenção de intervenção de diversos conselhos profissionais, através de seus atos administrativos, regulamentar as MTs, o que é inconstitucional e totalmente autoritário. Muitos profissionais tiveram que se explicar em delegacias por denuncias baseadas em normatização de profissões que buscam a exclusividade de suas praticas. E no ano passado através do pl do ato médico muitas profissões seriam extintas. Um adendo, o pl do ato médico 2 ainda não foi arquivado e ele é muito pior que o 1. Eleito antes de trabalhar pela regulamentação das profissões MTs, devemos sepultar o ato medico 2.

TM: A Dra. Margareth Chan, Diretora Geral da OMS, revelou que os dois sistemas de medicina, tradicional e ocidental podem, dentro do contexto de cuidados de saúde primários, se misturar em uma harmonia benéfica, sem choque, mas frisou que “Isso não é algo que vai acontecer por si só, que DECISÕES POLÍTICAS DELIBERADAS TÊM DE SER TOMADAS". O Sr. (a) pretende construir a ponte entre as duas medicinas? Detalhe seus projetos de Medicina Tradicional, Complementar e Alternativa.

Rafael Marmo: Sim esse será o ponto principal e norteador de nosso mandato. Nosso projeto é turbinar a Frente Parlamentar de Práticas Integrativas, já existente, e levar o maior número de deputados a essa discussão. Organizar debates através de audiências públicas nos estados com os profissionais das MTs e fazer um debate nacional e com isso pautar o Ministério da Saúde com o tema MTs. O ato médico nos ensinou que a mobilização dos profissionais pode derrotar mesmos grandes forças corporativas e financeiras. Pois vencemos aos 48 minutos do segundo tempo. A união dos profissionais venceu as negociatas de 11 anos dos trâmites parlamentares, mesmo sendo absurdo o pl ato médico.

TM: Detalhe a do seu Partido.

Rafael Marmo: O PSOL é um partido que defende a democracia e tem no seu nome a Liberdade, seus parlamentares foram unanimes contra o pl do ato médico que cerceava o direito do Profissionais de Saúde. A Frente Parlamentar de Praticas Integrativas conta com a presença de parlamentares do partido. Sendo eleito Deputado Federal pretendo aprofundar a discussão e ser o "embaixador do Psol" nessas discussões com o intuito de trazer a luz no Congresso Nacional os benefícios a população das MTs. Meu carro-chefe do mandato será as
MTs dentro e fora do partido.

TM: Qual percentagem do PIB deve ser destinada as MTs? Em quais Técnicas?

Rafael Marmo: pretendo defender 10% do PIB para saúde e que as MTs sejam implantadas a partir da atenção básica, como já esta normatizada, incluindo quiropraxia e as praticas corporais. Retirar a exclusividade especialistas na Acupuntura, Homeopatia e Fitoterapia. Explicando tirando a necessidade que essas práticas sejam executadas por médico, fisioterapeutas, enfermeiros ou psicólogos. A implantação dessas práticas não deve ter um impacto financeiro alto, pois sabidamente são muito mais baratas que as medicocêntricas e hospitalocêntricas.

TM: Portugal e Austrália regulamentaram recentemente a MTC e a Nicarágua aprovou a lei de MT em 2011. O Sr. (a) é a favor a criação de uma nova profissão na área da saúde, a de Medicina tradicional? Pretende enviar uma proposta de Projeto de Lei ao Congresso Nacional de regulamentação das Medicinas Tradicionais?

Rafael Marmo: Sou sim, esse projeto é revolucionário, muito parecido como a regulamentação na China. Vamos trabalhar pela regulamentação das profissões que já estão tramitando e propor aos colegas a profissão d Medicina Tradicional.

TM: A saúde pública deve a noção de que “É melhor prevenir que curar” à China, cuja Medicina Tradicional foi pioneira em intervenções como dieta, exercícios e fitoterapia.
Segundo o Banco Mundial o sistema de saúde brasileiro é hospitalocêntrico, ineficiente e tem os custos elevados, por perdulário. A maioria dos hospitais é ineficiente em escala e produtividade e poderia se fazer muito mais com os recursos de que dispõe. Dos 7.426 hospitais, 60% contam com, no máximo, 50 leitos. E menos de 1% tem selo de qualidade.
O Sr. (a) pretende mudar o foco atual para a PREVENÇÃO? Usará as MTs? Quanto será investido em pesquisa? Capacitação de profissionais?


Rafael Marmo: O que existe de mais moderno em saúde pública esta baseado na prevenção. Vamos propor um modelo multiprofissional e não medicocêntrico, focado na saúde e não na doença como vem sendo feito. Vamos propor Hospitais de Medicina Tradicional e Praticas Integrativas. Uma proposta revolucionária na saúde.

TM: Brasil é o pior do mundo em eficiência de sistemas de saúde. Hong Kong, o melhor, investe 3,8% do PIB per capita. Aqui alguns pretendem 10% do PIB... onde nós erramos?

Rafael Marmo: Defendemos 10% do pib. O erro está no modelo hospitalocêntrico e medicocentrico, defendemos o modelo prevencionista baseado nas MTs, dietoterapia, praticas corporais e Integrativas sediadas em unidades de saúde e parques municipais com hortas medicinais e essências florais.

TM: Em 2008 o governo “trocou seis por meia dúzia” e colocou IOF no lugar de CPMF. TODAS as operações de crédito feitas no País sofreram a incidência de 0,38% da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras. O Sr. (a) é a favor da ressurreição da CPMF?

Rafael Marmo: Não, somos contra a cpmf ou qualquer imposto da saúde, basta combatermos a corrupção que chega a captar até 80 bilhões de dólares em propinas no Brasil e na saúde focalizar na prevenção e deixar de investir em exames, vacinas e medicamentos desnecessários.

TM: E seu partido?

Rafael Marmo - A posição é a mesma da pergunta anterior.

TM: HÁ MAIS DE TRINTA E CINCO ANOS tivemos ciência da Resolução da Diretoria Executiva da Assembléia Mundial de Saúde EB63.R4: Engajar os profissionais das Medicinas Tradicionais em equipes do sistema público de saúde de cuidados de saúde primários. Lembrando que estes profissionais são pessoas sem diploma superior de saúde, o Sr (a) é contra ou a favor esta Resolução. Por quê?

Rafael Marmo: Inteiramente a favor, desde que o profissional esteja devidamente qualificado, somos a favor da qualificação em curso superior ou em cursos de especialização lato ou stricto-senso.

TM: O Sr. (a) concorda que a MTC é uma profissão completamente independente da medicina moderna e, assim, não têm validade adjetivações como médicos “acupuntores”, fisioterapeutas “acupuntores”, psicólogos “acupuntores”, etc e nem o mantra da multiprofissionalidade da acupuntura, uma vez que resoluções de conselhos para regulamentar a MT são inconstitucionais?

Rafael Marmo: Concordo eu pessoalmente uso Acupunturista e Psicólogo e etc.

TM: O Sr. (a) é a favor do ensino superior de MT, a criação de sistemas de exames nacionais obrigatórios, política, criação de normas, E&P (ensino e pesquisa) e informações ao consumidor?

Rafael Marmo: Sou a favor do curso superior, acho que os exames de qualificação devam ser executados por conselho de classe de regulamentação ou auto-regulamentação.

TM: O que fará para evitar que a transmissão das MTs indígena, africana e asiática se perca? Quais seus projetos para que o precioso conhecimento das MTs seja PRESERVADO, RESPEITADO E DIVULGADO AMPLA E ADEQUADAMENTE conforme Resolução da OMS?

Rafael Marmo: A Implantação das MTs na rede pública fará com que estas práticas sejam difundidas, no meu ponto de vista essa é a melhor estratégia de divulgação.

TM: Na sua opinião os sistemas de informação de saúde deveriam conter uma classificação Internacional da Medicina Tradicional (com base de evidências, terminologias, classificações para diagnósticos e intervenções)?

Rafael Marmo: Deveria sim, não contém devido ao fato que as autoridades do Ministério da Saúde não buscam assessoria de quem conhece do assunto.

TM: Quais seus projetos para o desenvolvimento da medicina tradicional a fim de elevar os níveis de qualidade, segurança, confiabilidade e eficiência da MT? Como oferecer estes benefícios de forma facilmente acessível e a baixo custo para o povo?

Rafael Marmo: Esses serviços devem ser oferecidos pelo SUS e pelos planos de saúde obrigatoriamente.

TM: O Sr. (a) concorda com os REFERENCIAIS DA OMS PARA A FORMAÇÃO EM MEDICINA TRADICIONAL, COMPLEMENTAR E ALTERNATIVA? O que fará para que seja adotado?

Rafael Marmo: Pretendo apresentar um Projeto Lei que adotem os referenciais da OMS.

TM: As Diretrizes da OMS para formação e segurança em Acupuntura estabelecem EXAMES NACIONAIS OBRIGATÓRIOS tanto para médicos quanto para não-médicos, para se exercer a profissão O Sr. (a) é favorável aos exames?

Rafael Marmo: Sim desde que seja aplicada por Conselho de Profissionais Acupunturistas de regulamentação ou auto-regulamentação que sigam padrões nacionais e internacionais.

TM: O Sr. (a) é favorável aos exames internacionais da WFAS e WFCMS?

Rafael Marmo: Sim sou favorável a qualificação internacional também. Prestei exame e sou qualificado pela WFAS desde 2008.

TM: O Sr. (a) é favorável ao PL 6867/2010 que cria o exame de proficiência para TODAS AS PROFISSÕES DA SAÚDE?

Rafael Marmo: Sim sou a favor.

TM: PLS 480/2003: “Para EVITAR QUE A ACUPUNTURA DIVIDIDA E DESTRUIDA PELAS DIVERSAS ESPECIALIDADES e para manter elevado o nível da acupuntura no Brasil, julgamos oportuno CRIAR O CURSO SUPERIOR DE ACUPUNTURA para preservar a existência dos acupunturistas tradicionais generalistas”. O Sr. (a) concorda com este texto do extinto PLS?

Rafael Marmo: Estou de acordo com o texto e com a justificativa.

TM: O Sr. (a) é favorável ao PL 650/2007, que estabelece a realização de exames para o exercício profissional da Medicina?
TM:
 O Sr. (a) é favorável aos médicos serem obrigados a fazer residência?
TM: E quanto a recertificação periódica obrigatória para médicos especialistas?


Rafael Marmo: Pretendo focar meu mandato em política públicas de saúde em geral para a população e profissionais, o que disser respeito aos profissionais será para todos profissionais de saúde incluindo os médicos.

TM: No Brasil apenas uma das metas da Estratégia da OMS 2002- 2005 foi, parcialmente, atingida, dando origem à Portaria 971. Esta política excluiu os profissionais da MTC que não possuem diploma superior de saúde. O Sr. (a) concorda que é preciso fazer uma reformulação da Política 971 a fim de atingir TODAS as metas da Estratégia MT da OMS?

Rafael Marmo: Sou contrário a essa discriminação, aliás pra mim esse é o maior ponto fraco do texto. Vamos trabalhar para retirar da portaria as qualificações profissionais que sejam referências a especialidades de profissões de saúde. Exemplo no lugar de medico. fisioterapeuta, psicólogo acupunturista, substituir por Acupunturista. E assim pra Fitoterapeuta, Homeopata e etc.

TM: A Resolução WHA62.13 da Assembléia Mundial de Saúde determina que os governos devem estabelecer sistemas de qualificação, acreditação ou licenciamento dos profissionais da MT. O Sr. (a) irá lutar para que sejam cumpridas estas e mais uma dúzia de outras resoluções das AMS sobre MTs?

Rafael Marmo: Sim através de conselhos federais e estaduais de regulamentação ou auto-regulamentação geridos pelos profissionais de MTC.

TM: O que o Sr. (a) fará para criar institutos de pesquisa MT e incentivar os investimentos privados em hospitais e/ou farmácias de MTs? E para que hospitais públicos estabeleçam departamentos de MTs?

Rafael Marmo: Proporei que nas universidades públicas sejam criadas departamentos de pesquisa em MTs e a estimulação da iniciativa privada devera ser feita através de isenção de impostos.

TM: O que o Sr. (a) fará para disponibilizar na maioria dos postos do sistema público de saúde a MTC (Acupuntura, massagem, Tai Chi)? Qual é o montante da verba necessária? Onde obterá recursos humanos? Quem dará a formação? Como as escolas e os professores serão credenciados e fiscalizados?

Rafael Marmo: A parte de formação deve ser cadastrada, fiscalizada e regulamentada através de conselhos federais e estaduais de regulamentação ou auto-regulamentação. A contratação dos profissionais será feita através de concursos públicos. As verbas serão alocadas da economia que acontecerá em medicamentos, exames laboratoriais e de imagem.

TM: O que o Sr. (a) fará para apoiar estudos clínicos do uso de MT para problemas sanitários prioritários e para as enfermidades mais comuns, especialmente entre a população mais pobre?E para criar critérios e indicadores para medir o custo-efetividade e o acesso equitativo às MTs?

Rafael Marmo: Vamos promover convênios entre as Faculdades de Saúde Pública e as de MTs para o enfrentamento das questões sanitárias prioritárias começando obviamente pela população pobre e também para criação de critérios e indicadores de morbidades e mortalidade. União dos saberes da saúde pública e MTs.

TM: O que o Sr. (a) fará para criar bibliotecas digitais de MT?
Aumentar o acesso e ampliar o conhecimento de MT através de redes de intercâmbio de informações? Criar pautas, metodologias técnicas e critérios baseados em evidências para a segurança, eficácia e qualidade das MTs e legislação nacional de controle de segurança de produtos e de práticas MT?


Rafael Marmo: Vamos começar pela proposta de uma central unica de informação em MTs, integrando o material disponível pelas escolas de MTs.

TM: - O que o Sr. (a) fará para criar cartilhas de informações confiáveis para os consumidores sobre o uso correto das MTs?

Rafael Marmo: Penso que essa tarefa deve ser coordenada pelos conselhos de regulamentação ou auto-regulamentação.

TM: O Sr. (a) acredita que princípio da liberdade de escolha dos pacientes entre serviços da MT ou da medicina convencional deve ser respeitado? Que cursos de MT/MCA devem ser oferecidos em universidades públicas? Hospitais públicos devem ser encorajados a utilizar as MTs?

Rafael Marmo: inteiramente a favor da liberdade de escolha ao usuário de serviços de saúde. Acredito que todos os cursos que tenham profissionais formadores no Brasil devam ser oferecidos nas universidades públicas. Além dos hospitais públicos com NTs pretendemos propor Hospitais públicos de MTs.

TM: O Sr.(a) acredita que MT/MCA poderão ser praticadas por médicos da medicina ocidental, assim como por qualquer profissional com boa formação? E que nas instituições de saúde públicas e privadas, em áreas urbanas e rurais, um Departamento de MT deva fornecer serviços de MT nos ambulatórios e para pacientes internados?

Rafael Marmo: Desde que tenha a formação de acordo com critérios de formação e segurança sim, qualquer profissional de saúde poderá praticar MT/MCA.. Nos hospitais públicos e privados devem ter departamentos de MTs para prestar esse serviço.
TM: O Estado e os seguros privados deveriam dar total cobertura para as MTs, incluindo Ayurveda, Chinesa, Indígena e Africana?

Rafael Marmo: Exatamente deveria ser obrigado a dar cobertura e respeitar a decisão de escolha do usuário.

TM: - O país deveria ter pelo menos um Centro colaborador de MT com a OMS? E Institutos de Pesquisa de Medicina Tradicional? Deveria estabelecer parcerias com outros países nesta área? Quais seus projetos?
Rafael Marmo: Um centro colaborador nacional e no mínimo um pra cada região do país para ser respeitadas as diferenças regionais.

TM: O que o Sr. (a) fará para que o Brasil finalmente atinja uma das metas da Estratégia Mundial de Saúde de MAIS DE DEZ ANOS ATRÁS e crie o curso de curso de FORMAÇÃO BÁSICA EM ATENÇÃO PRIMÁRIA PARA PROFISSIONAIS MT?

Rafael Marmo: Para isso teremos que eleger o Presidente da República, enquanto parlamentar nosso papel será propor, cobrar e exigir essas metas.

TM: O que o Sr. (a) fará para que o Brasil acate as determinações da Resolução da OMS WHA62.13, que estabelece sistemas de qualificação, acreditação e licenciamento dos profissionais da Medicina Tradicional?E as determinações das outras Resoluções das Assembléias Mundiais de Saúde no tocante às MTs?

Rafael Marmo: Enquanto parlamentar nosso papel será propor, cobrar e exigir essas do governo que acate as determinações da OMS.

TM: Quais são os números oficiais das MTs no país?

Rafael Marmo: não tenho acesso a essas informações se é que existem.

TM: O texto substitutivo ao PL 2889, aprovado, torna obrigatória a conclusão do curso superior de educação física para ministrar o Tai Chi Chuan e qualquer outra arte marcial. Isto não configura uma tentativa de MONOPÓLIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE A MEDICINA CHINESA? O Sr. (a) é favorável ao substitutivo aprovado?

Rafael Marmo: Esse substitutivo é um absurdo, vamos combater essa e qualquer outra iniciativa e invasão e e restrição de trabalho por qualquer profissão. Vencemos o ato médico com união.

TM: Resoluções de Conselhos não têm poder para auto-regulamentar uma profissão, mas o conselho de fisioterapia reconheceu como atos complementares (Resolução 380), além da Acupuntura a Fitoterapia; as Práticas Corporais, Manuais e Meditativas; Terapia Floral; Magnetoterapia; Fisioterapia Antroposófica; Termalismo/ Crenoterapia/Balneoterapia e Hipnose. E a Quiropraxia (Resolução n° 399). São diferentes profissões da saúde brigando entre si pelo mercado, embora apenas os médicos tenham sido demonizados. Qual sua posição diante destas tentativas de monopólio?
Rafael Marmo: A exemplo da questão anterior vamos combater essa e qualquer outra iniciativa e monopólio e restrição de trabalho por qualquer profissão. Vencemos o ato médico com união.

TM: O "País do futuro" não se preparou para cuidar dos idosos: em breve teremos mais de 10% dos cursos médicos do planeta, mas apenas SETE faculdades de medicina têm curso de geriatria, que corre risco de extinção. O que o Sr. (a) fará para ser atingida a meta de reduzir em 25% até 2025 as DCnTs?

Rafael Marmo: Investir na MTs e focalizar na promoção de saúde e na prevenção. Sair do paradigma da doença e entrar no paradigma da saúde e qualidade de vida.

TM: Temos quase 50.000 mortes-registradas-em um único ano (2005) classificadas como “sem assistência médica”. E a SEPSE causou 250 mil mortes (2005). Quais seus planos para reduzir esse desastre?

Rafael Marmo: A saúde no Brasil está um caos, para que esses números se revertam é necessário o 10% do PIB pra saúde e a inversão de paradigma de doença para prevenção e promoção de saúde.

TM: 42 MIL MORTES EM ACIDENTES DE CARRO POR ANO; UMA EM CADA CINCO VÍTIMAS ESTAVA ALCOOLIZADA. O que fazer?

Rafael Marmo: Fazer valer a legislação vigente quanto a crimes no transito e fomentar o transporte sobre trilhos coletivos desistimulando o transporte individual

TM: A Rússia proibirá OGM nos produtos alimentares assim como países europeus. O Sr. (a) concorda?

Rafael Marmo: Sim sou contra os transgênicos

TM: Saúde Pública. POLUIÇÃO DO AR EM SP. Em 16 anos, até 256 000 mortes. Internação: 1 milhão de pessoas. Gasto público: mais de R$ 1,5 bilhão. Dá para reverter?

Rafael Marmo: Somente quando o governo enfrentar a questão do transporte público se responsabilizando prevalecendo o transporte sobre trilhos e mudar a matriz energética do petróleo pra solar eólica e outras menos poluentes

TM: Saúde Pública. É a favor da proibição de som alto nas ruas das cidades?

Rafael Marmo: Sou a favor da regulação sonora de todos ruídos por departamento público competente que siga parâmetros mínimos recomendados através de estudos nas universidades.

TM: NOVE EM CADA DEZ PARTOS SÃO CESARIANAS. A OMS recomenda somente 15%. Mais parteiras ajudariam a obter índices internacionais?

Rafael Marmo: Outro caos da saúde, sou a favor da criação de Casas de Parto em todas cidades em número suficiente para chegarmos a esse número máximo de 15%. Com isso melhorará a assistência a natalidade e baratearíamos o custo. Outro ponto seria a inserção das Doulas no pré-natal, parto e puerpério.

TM: O Brasil tem cerca de 0,1% dos cientistas da lista dos pesquisadores com produção acadêmica de maior impacto, embora seja um dos que mais publiquem artigos científicos. NENHUMA UNIVERSIDADE BRASILEIRA ESTÁ ENTRE AS DEZ PRIMEIRAS DOS PAÍSES EMERGENTES. De acordo com a UNESCO, o Brasil é o 8° país com maior número de analfabetos, quatro em dez universitários brasileiros são analfabetos funcionais e 98% dos brasileiros não conseguem resolver problemas matemáticos complexos. Quais os planos do Sr (a) para alterar este drama?

Rafael Marmo: Começar pela pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e universidade seguindo essa ordem. Melhorar as condições de trabalho e salários dos professores. No ensino fundamental da 1ª a 4ª série 20 alunos, da 5 ª a 8ª 25 alunos e ensino médio 30 alunos no máximo em sala de aula.


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