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Saturday, 11 June 2022

CLÍNICA É SOBERANA

 Médicos que não querem conversa

A anamnese, conversa inicial com o paciente, está em desuso, mesmo permitindo até 90% dos diagnósticos. Na meu tempo, os exames eram para confirmação


Durante minha formação, tive o privilégio de conviver com Danilo Perestrello, autor de "A Medicina da Pessoa" (Atheneu). Vinham ao consultório não só pessoas doentes, mas pessoas que se sentiam doentes.

Um dia, em conversa com meu pai, cardiologista cujos passos segui, comentei que metade dos meus atendimentos eram de pessoas sem doença física. Ele retrucou: "Só metade? Você deve estar adoecendo alguns".

Em inúmeros casos, a simples conversa resolvia a "doença". Muitos saíam da consulta sem solicitação de exames ou receitas. Em nova consulta, estavam totalmente "curados".

Na medicina atual, aos poucos a pessoa foi reduzida à condição de doente. Não mais interessava sua vida, história, personalidade ou situação psicológica e social, apenas os sintomas no momento da consulta. A anamnese, entrevista inicial com o paciente, passou a se limitar aos dados da doença apresentada. A alteração biológica passa a ser tudo.

Na medicina atual, não se leva em conta características específicas de cada paciente, que podem determinar se o tratamento indicado deve ser administrado. Um exemplo gritante é aplicação de cirurgias ou tratamentos agressivos, tantas vezes extremamente dispendiosos, a idosos que provavelmente faleceriam de outras causas antes que a doença em questão levasse ao óbito.

Médicos se sentem oprimidos em relação ao tempo que podem dispensar a uma consulta e perderam o espírito crítico em relação ao valor da anamnese -que, segundo Howard Barrows, da Universidade de Southern Illinois, dá ao bom médico 90% de chance de diagnóstico certo.

Deixamos de lado os princípios médicos para atender volume. Recém-formado, fui colocado em um ambulatório com uma lista de 40 pacientes para serem atendidos em quatro horas. Atendi como deveria e, ao final do meu tempo, havia atendido por volta de 15. No dia seguinte, fui chamado à diretoria do hospital, que questionava minha conduta. Médicos não têm de atender filas, têm de atender pacientes.

Na nossa época de estudantes, aprendíamos que exames serviam para confirmar ou não o diagnóstico e quantificar alguns parâmetros. Hoje, isso foi esquecido. Além disso, médicos se fiam em laudos de colegas que não conhecem, sem avaliar o grau de sua capacidade médica.

Com esse reducionismo, o médico é cada vez mais dispensável, podendo ser substituído por computadores.

LUIZ ROBERTO LONDRES, 71, médico, presidente da Clínica São Vicente, Rio de Janeiro


Folha de S. Paulo, 09.09.2012
Luis Roberto Londres




Saúde comprometida 3

 ISTOÉ – Qual o mercado de trabalho desses profissionais recém-formados?

Lopes – A alternativa atual é ir para os programas de médicos de família. É outro erro grave. O médico de família tem de ser um clínico muito bem formado, com bons conhecimentos de pediatria, ginecologia, obstetrícia, cirurgia, etc. Tem de ser um profissional que tenha por opção exercer essa área da medicina. Ou seja, o estímulo para ser médico de família não deve ser apenas o salário e um emprego garantido. Mas, na prática, é isso o que está acontecendo.

ISTOÉ – Como o paciente pode se precaver de eventuais danos causados por esses profissionais?
Lopes – Antes de dizer como o doente pode se precaver, acho que o jovem que procura a medicina deve fazer uma análise crítica da faculdade que pretende cursar. Dependendo da faculdade, é melhor seguir outras opções na vida, e não ser médico. Ele tenta o vestibular uma, duas, três vezes. Se entrou num lugar X, é melhor verificar como é o corpo docente, qual o modelo da faculdade, quais são os recursos materiais, o que ela representa no contexto médico, para que ele possa optar pelo curso ou não. Deve fazer isso para que não seja um frustrado mais tarde, para que não se veja fazendo uma medicina muito longe da que idealizou. Em relação ao paciente, chamo a atenção para a possibilidade de se pedir uma segunda opinião se a doença não é simples. Em vista de tudo isso, a segunda opinião passou a ser muito importante, principalmente para o paciente que não conhece o médico.

ISTOÉ – O que pode ser feito para evitar a criação de escolas médicas despreparadas?
Lopes – O CFM e a AMB se opõem à abertura de mais faculdades médicas – há atualmente três candidatas em São Paulo. Essas entidades se opuseram à criação das que vieram nos últimos dez anos. Mas nunca foram ouvidas. O que estranhamos é que algumas escolas são reconhecidas pelo Conselho Nacional de Educação após análise feita por pessoas que não têm a menor condição de aprovar coisa nenhuma. Mas seguramente essa nova administração, pelas pessoas que estão lá, irá impor um ritmo sério no que diz respeito à abertura de novas escolas. Acho também que deveria ser feita uma avaliação das escolas médicas por gente competente – e temos muita gente boa para isso. Não havendo condições de ensinar adequadamente, que fossem fechadas, doesse a quem doesse. E os alunos, remanejados.

ISTOÉ – Há outros problemas em relação ao ensino?
Lopes – Sim. O curso de graduação vai sofrer um prejuízo muito grande por causa dos cursinhos preparatórios para residência. Existem três ou quatro em São Paulo. Eles treinam os alunos exclusivamente para responder testes, baseados em provas anteriores. Isso bloqueia o raciocínio do aluno porque dá chavões a esses estudantes. Os alunos do quinto e sexto ano estão sacrificando a graduação no momento em que teriam de aprender raciocínio clínico, mecanismos de doenças, entre outros temas. Sacrificam esse período para decorar respostas e assim passar na residência. Isso é testemunho do curso mal dado. Esses cursinhos, que surgiram há três anos, estão lotados porque a graduação em si está ruim. No momento em que teriam de começar a agir como profissionais, eles ficam decorando testes dia e noite, permanecem o menos possível na faculdade e vão embora para poder passar na residência. Muitos alunos da Escola Paulista de Medicina, que têm raciocínio clínico, não entraram na residência, perdendo para alunos que fizeram o cursinho. Isso porque os testes habituais de residência não avaliam conhecimento.

ISTOÉ – O sr. acha que é preciso extinguir também os cursinhos preparatórios para residência?
Lopes – Eles deveriam ser proibidos. O cursinho preparatório é prejudicial às escolas médicas. Não ensinam absolutamente nada, a não ser como passar no exame para residência.

Antônio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica 

REVISTA ISTO É, 02/04/2003 







Saúde comprometida 2

 ISTOÉ – O sr. tem uma visão crítica em relação à formação médica atual. Como era a graduação na sua época e como ela está hoje?

Antônio Carlos Lopes – Naquela época, tínhamos modelos no ensino médico. Éramos preparados por professores que, além de serem bons mestres, eram excelentes profissionais. Valorizavam o ensino à beira do leito, a relação médico-paciente, o aspecto humanístico da medicina, a ética no ensino. Eles montavam um currículo que tinha um compromisso com a comunidade. Não era simplesmente para preencher espaço, horário.

ISTOÉ – E o que aconteceu?
Lopes – Nas escolas tradicionais, federais, estaduais e algumas particulares, esse perfil ainda existe, embora em menor escala.
Por que em menor escala? Porque esses mestres que traziam a experiência da vida profissional para o ensino – muito importante porque na medicina só pode ensinar quem faz – foram desaparecendo. E não houve a possibilidade de seus discípulos darem continuidade àquilo que aprenderam em razão dos problemas de saúde do Brasil e do avanço da tecnologia. Nesse sentido, passou-se a dar mais atenção aos aspectos tecnológicos do que ao paciente, tratando-se mais a doença do que o doente. Hoje, há uma preocupação com a última ressonância magnética, por exemplo, quando na realidade 70% da medicina se resolve à beira do leito, desde que se converse com o doente, que se saiba examiná-lo. E há outro aspecto importante. Concomitantemente, foram surgindo escolas médicas criadas sem nenhum compromisso ético com a comunidade.

ISTOÉ – O sr. diz isso baseado em quê?
Lopes – Baseado no fato de ter participado da Comissão Interinstitucional do Ensino Médico (Cinaem) de 1991 a 1994. Trata-se de um órgão consultivo independente. Não é ligado ao Ministério da Educação. Mas avalia escolas médicas. A comissão foi criada pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo, com apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Médica Brasileira (AMB).

ISTOÉ – Em função dessa experiência, qual a sua opinião a respeito do ensino médico hoje?
Lopes – É a mesma das entidades associativas e lideranças médicas do País. As escolas médicas foram criadas numa avalanche. São mais de 100 atualmente. Elas surgiram muito mais por interesse econômico do que por qualquer outro. Essas escolas começaram a aparecer porque a faculdade de medicina passa a ser o carro-chefe de qualquer instituição. Muitas surgiram simplesmente porque o reitor imaginava que deveria ter uma porque, assim, sua instituição teria mais força. Aí, montava-se um programa pedagógico sem nenhum compromisso ético com o ensino e com a comunidade, sem estrutura acadêmica e metodologia adequadas e sem hospital universitário. Os professores eram médicos indicados, raríssimos com titulação (mestrado e doutorado). Na medicina, a titulação é muito importante. Não porque isso garanta que o médico seja um bom profissional. Mas a titulação pressupõe que o indivíduo tenha tido um treinamento e tenha sido avaliado pelos seus pares durante a carreira. Em última análise, o que caracteriza essas escolas médicas é a ausência de um corpo docente adequado e a inexistência de recursos materiais apropriados. Há casos em que as aulas de anatomia são dadas com slides, em vez de ser com cadáver. O ensino é fragmentado. Exemplo: a faculdade usa um hospital para que os alunos possam treinar. Quem dá a conduta de um paciente é o staff do hospital, e o professor vai lá e dá uma aula, sem concordar com o que foi feito. Não há vínculo direto com os hospitais em muitas dessas escolas.

ISTOÉ – Diante disso, que médico é esse que está saindo das escolas?
Lopes – Além de tudo que já expliquei, nessas escolas falta o compromisso ético com os alunos. Não se prestigia o estudante, não se abrem portas para ele, não se estimula a iniciação científica, nem se criam condições para o aprendizado. Não se valoriza também a relação do aluno com o doente. Então, o médico que sai dessas escolas não tem condições de exercer a medicina. Pior, não tem condições de aprender a medicina depois de formado.

ISTOÉ – O sr. acompanha a residência de médicos oriundos de faculdades consideradas fracas. O que mais chama sua atenção?
Lopes – Não dá para entender como é que depois de seis anos eles estão num nível tão ruim.

ISTOÉ – Isso significa o quê? Que eles não prescrevem remédios adequados, não conhecem interações medicamentosas?
Lopes – Não sabem nada disso. É quase pedir demais. Eles não conhecem coisas elementares. Por exemplo, eles não sabem que dois terços do coração ficam do lado esquerdo e um terço do lado direito. Se perguntamos quais são as válvulas do coração, eles não têm a resposta. E quando vão examinar o paciente durante a visita, percebe-se que não têm idéia de como fazê-lo. Não sabem fazer o exame clínico. Hoje, os alunos não estão preocupados em buscar informação, examinar um ambiente e desenvolver o raciocínio clínico. E também já encontrei alguns estudantes que no quinto ano me disseram: “Lamentavelmente, não sei nada.”

ISTOÉ – Na sua opinião, do total de médicos que saem das faculdades todos os anos, quantos são mal preparados?
Lopes – O porcentual de médicos mal preparados é da ordem de 90% ou mais. Existem cerca de 100 escolas. Cada uma tem uma média de 100 alunos. Quem forma um bom médico? Podemos contar umas dez faculdades, como USP, Unifesp, Santa Casa/SP, a Faculdade do ABC/SP, USP/Ribeirão Preto, Unesp/Botucatu, Unicamp, UFRJ, UFMG...

ISTOÉ – Há, portanto, um risco para os pacientes?
Lopes – Sim. Essas faculdades lançam no mercado milhares de alunos que muitas vezes mal sabem escrever uma cartilha. É uma enorme quantidade de pessoas. Delas, muitas não conseguem nem entrar na residência. E aí há outro problema. A residência médica é a melhor forma de treinamento e aprendizado após a graduação. Mas, na grande maioria das vezes, ela representa uma mão-de-obra barata. Não há supervisão, modelo pedagógico, estrutura acadêmica. A grande maioria dessas escolas tem residência sem supervisão. Isso mostra que falta uma avaliação adequada dos programas de residência médica.

ISTOÉ – A supervisão não é obrigatória?
Lopes – É obrigatória. Mas recebo informações frequentes a respeito de casos em que o paciente teve complicações sérias porque o residente precisou tomar atitudes sozinho, sem supervisão.

ISTOÉ – Que tipo de riscos corre o paciente atendido por um desses profissionais despreparados?
Lopes – O médico não devidamente formado, que não encontra residência médica para se aprimorar, é um profissional que não tem a menor condição de tratar nada mais além de gripe, diarréia, ânsia de vômito. Isso se o caso não complicar. Para problemas mais complexos, eles não têm condições. Por isso, digo que essas escolas não estão preocupadas em formar os alunos.



Saúde comprometida

Saúde comprometida
Professor critica a proliferação de faculdades de medicina e diz que muitos dos recém-formados não têm condições de tratar mais do que uma gripe


A cada dia que passa, o clínico geral Antônio Carlos Lopes, 54 anos, fica mais surpreso com a qualidade de muitos dos estudantes de medicina que conhece. Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica – entidade que congrega os especialistas da área e ajuda a difundir o conhecimento, mantendo o nível de qualidade dos profissionais. É também professor-titular da disciplina de clínica médica da Universidade Federal de São Paulo.

Entre outras atribuições, Lopes tem a função de orientar alunos de residência médica (etapa posterior à graduação, importante para a obtenção de título de especialista). E é com terrível perplexidade que o especialista se depara com jovens médicos que nem sequer conhecem a exata localização do coração nem sabem dizer quantas são as válvulas cardíacas. De acordo com o médico, eles são os produtos finais da fábrica de faculdades médicas de péssima qualidade montada no País, nos últimos anos. São médicos sem noções básicas de anatomia, incapazes de realizar um bom exame ou de apresentar um raciocínio clínico que leve a um diagnóstico correto. Ou seja, não estão preparados para exercer a profissão.

Segundo Lopes, dos cerca de dez mil novos médicos formados a cada ano no Brasil, 90% não estão treinados o suficiente para oferecer um bom atendimento e deveriam voltar para os bancos da universidade. “No máximo eles conseguem tratar problemas como uma diarréia. Nada de casos complexos”, afirma. Em sua opinião, quem sai perdendo, obviamente, são os paciente. “Eles estão correndo riscos”, alerta. Ex-presidente do American College of Physicians – maior entidade de clínicos gerais do mundo –, Lopes defende que não seja permitida a abertura de mais nenhuma faculdade médica no Brasil e se realize uma avaliação dos cursos existentes. Ele sugere que aqueles que não apresentarem um nível satisfatório de qualidade sejam fechados. “Muitas faculdades surgiram porque o reitor imaginava que deveria ter um curso de medicina para que sua instituição tivesse mais força. Montava-se um programa pedagógico sem compromisso ético com o ensino e com a comunidade, sem estruturas adequadas e sem hospital universitário”, observa.

O clínico geral também critica a existência dos cursinhos preparatórios para a residência médica, uma invenção brasileira criada para treinar os estudantes para que eles passem nos exames de admissão para esses cursos. “Os alunos do quinto e sexto ano estão sacrificando a graduação no momento em que teriam de aprender raciocínio clínico. Sacrificam esse período para decorar respostas”, diz. Segundo ele, esses cursos provam, com sua existência, que as faculdades não oferecem um ensino de qualidade. Se oferecessem, os cursos não precisariam existir. Formado há 31 anos e pai de três filhos – um médico formado e dois estudantes de medicina –, Lopes diz nesta entrevista a ISTOÉ que se nada for feito a qualidade do atendimento médico prestado no Brasil piora ainda mais.

 ISTO É
 02/04/2003 

http://aclopes.com.br/noticias1.htm






Friday, 10 June 2022

Acupuncture, burnout and increased stress level

 

Acupuncture in persons with an increased stress level

Results from a randomized-controlled pilot trial

"In Western societies today a high percentage of people are experiencing increased or chronic stress. The demands of work and the private lives of adults are often challenging and require considerable effort to sustain. 

It is well-known that chronic stress is a risk factor (or intensifier) for a variety of physical disorders or illnesses. 

Chronic stress has been demonstrated to increase cardiovascular risks, musculoskeletal disorders, and mental disorders such as depression. There is a large body of literature examining increased stress levels of the various professions. In many professions, the prevalence of burnout as a possible consequence of chronic stress is increasing. 

In light of a highly stressed and unbalanced working society the importance of short and effective treatment to reduce stress is undeniable. 

(...) To date, a few studies have shown that acupuncture may serve as treatment for persons with increased stress. However, well-designed randomized-controlled (RCT) studies demonstrating the efficacy of acupuncture in chronic stress are still lacking. The present study was a randomized-controlled pilot trial for adult persons with increased stress levels.

 
(...) Estimations of effect sizes show that acupuncture treatment has a positive effect on stress reduction as well as other health outcomes as compared to no treatment. 

Wild, Beate et al. “Acupuncture in persons with an increased stress level-Results from a randomized-controlled pilot trial.” PloS one vol. 15,7 e0236004. 23 Jul. 2020, doi:10.1371/journal.pone.0236004

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7377446/

Neil Ferguson's Imperial model could be the most devastating software mistake of all time

The boss of a top software firm asks why the Government failed to get a second opinion before accepting Imperial College's Covid modelling

DAVID RICHARDS AND KONSTANTIN BOUDNIK16 May 2020 • 1:22pm
In the history of expensive software mistakes, Mariner 1 was probably the most notorious. The unmanned spacecraft was destroyed seconds after launch from Cape Canaveral in 1962 when it veered dangerously off-course due to a line of dodgy code.
But nobody died and the only hits were to Nasa’s budget and pride. Imperial College’s modelling of non-pharmaceutical interventions for Covid-19 which helped persuade the UK and other countries to bring in draconian lockdowns will supersede the failed Venus space probe and could go down in history as the most devastating software mistake of all time, in terms of economic costs and lives lost.
Since publication of Imperial’s microsimulation model, those of us with a professional and personal interest in software development have studied the code on which policymakers based their fateful decision to mothball our multi-trillion pound economy and plunge millions of people into poverty and hardship. And we were profoundly disturbed at what we discovered. The model appears to be totally unreliable and you wouldn’t stake your life on it.
First though, a few words on our credentials. I am David Richards, founder and chief executive of WANdisco, a global leader in Big Data software that is jointly headquartered in Silicon Valley and Sheffield. My co-author is Dr Konstantin ‘Cos’ Boudnik, vice-president of architecture at WANdisco, author of 17 US patents in distributed computing and a veteran developer of the Apache Hadoop framework that allows computers to solve problems using vast amounts of data.
Imperial’s model appears to be based on a programming language called Fortran, which was old news 20 years ago and, guess what, was the code used for Mariner 1. This outdated language contains inherent problems with its grammar and the way it assigns values, which can give way to multiple design flaws and numerical inaccuracies. One file alone in the Imperial model contained 15,000 lines of code.
Try unravelling that tangled, buggy mess, which looks more like a bowl of angel hair pasta than a finely tuned piece of programming. Industry best practice would have 500 separate files instead. In our commercial reality, we would fire anyone for developing code like this and any business that relied on it to produce software for sale would likely go bust.
The approach ignores widely accepted computer science principles known as "separation of concerns", which date back to the early 70s and are essential to the design and architecture of successful software systems. The principles guard against what developers call CACE: Changing Anything Changes Everything.
Without this separation, it is impossible to carry out rigorous testing of individual parts to ensure full working order of the whole. Testing allows for guarantees. It is what you do on a conveyer belt in a car factory. Each and every component is tested for integrity in order to pass strict quality controls.
Only then is the car deemed safe to go on the road. As a result, Imperial’s model is vulnerable to producing wildly different and conflicting outputs based on the same initial set of parameters. Run it on different computers and you would likely get different results. In other words, it is non-deterministic.
As such, it is fundamentally unreliable. It screams the question as to why our Government did not get a second opinion before swallowing Imperial's prescription.
Ultimately, this is a computer science problem and where are the computer scientists in the room? Our leaders did not have the grounding in computer science to challenge the ideas and so were susceptible to the academics. I suspect the Government saw what was happening in Italy with its overwhelmed hospitals and panicked.
It chose a blunt instrument instead of a scalpel and now there is going to be a huge strain on society. Defenders of the Imperial model argue that because the problem - a global pandemic - is dynamic, then the solution should share the same stochastic, non-deterministic quality.
We disagree. Models must be capable of passing the basic scientific test of producing the same results given the same initial set of parameters. Otherwise, there is simply no way of knowing whether they will be reliable.
Indeed, many global industries successfully use deterministic models that factor in randomness. No surgeon would put a pacemaker into a cardiac patient knowing it was based on an arguably unpredictable approach for fear of jeopardising the Hippocratic oath. Why on earth would the Government place its trust in the same when the entire wellbeing of our nation is at stake?

https://www.telegraph.co.uk/technology/2020/05/16/neil-fergusons-imperial-model-could-devastating-software-mistake/?fbclid=IwAR1N5tGwJRy7S7JdDanBwdKuvXuLN43jgrbspyTa6J_jAhhTaF-Corpu7mw

Wednesday, 8 June 2022

Traditional Chinese medicine to prevent SARS at Shenzhen Pinghu People's Hospital

Prevention based on syndrome differentiation and three factors: Experience and reflection on the application of traditional Chinese medicine to prevent SARS at Shenzhen Pinghu People's Hospital


TCM medicinal formulas were used to prevent SARS in 2003 at Pinghu People's Hospital in Zhejiang Province, China.

For both staff and patients admitted to the hospital, the MTC decoction for prevention was provided free of charge, and about 500 people took it every day.

Prevention drugs were also recommended to many companies in Pinghu City, with a total of more than 150,000 people taking the drug. The follow-up survey showed that there were no cases of fever.



542 / 5.000

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Hu W., Yang H., Zheng G. Prevention based on syndrome differentiation and three factors: Experience and reflection on the application of traditional Chinese medicine to prevent SARS at Shenzhen Pinghu People's Hospital (三因制宜辨证施防— — Shenzhen J Integr Tradit Chin West Med. 2013; 10 :210-214. doi: 10.16458/j.cnki.1007-0893.2003.04.008


Lianhua Qingwen & Korona

Efficacy and safety of Lianhuaqingwen capsules, a repurposed Chinese herb, in patients with coronavirus disease 2019: A multicenter, prospective, randomized controlled trial

 Lianhua Qingwen, patented and marketed for the severe acute respiratory syndrome (SARS) epidemic since 2003 in China, can significantly reduce the duration of fever, fatigue and cough.

“LH capsules confer therapeutic effects on Covid-19, improving the rate of recovery from symptoms, shortening recovery time and improving recovery from chest radiological abnormalities. In light of the efficacy and safety profiles, LH capsules may be considered for the treatment of Covid-19.”


Hu K., Guan W., Bi Y., et al. Efficacy and safety of Lianhuaqingwen capsules, a repurposed Chinese herb, in patients with coronavirus disease 2019: a multicenter, prospective, randomized controlled trial. Phytomedicine. 2020:153242. doi: 10.1016/j.phymed.2020.153242


https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9066964/#bib45

Traditional Chinese Medicine is effective for COVID-19

Traditional Chinese Medicine is effective for COVID-19: A systematic review and meta-analysis


A review of 26 randomized controlled trials with nearly 3000 patients using the PubMed, Medline, Web of Science, medRxiv and bioRxiv databases as well as the Chinese database revealed that the results provide strong clinical evidence for the efficacy of medicinal formulas of MTC vs Korona.

The study showed that the COVID-19 can be treated effectively by TCM medicinal formulae combining with conventional treatment, in comparison with the pure conventional treatment.  

"The advantages of the TCM medicine are effective, cheap, preventive, and personalized, particularly it can be promptly improved according to the change of pandemic pattern. These characteristics of the TCM medicine are particularly important for current situation that the effective anti-virus drugs are still not available yet", according to authors.


Xu J, Liu H, Fan Y, Ji B. Traditional Chinese Medicine is effective for COVID-19: A systematic review and meta-analysis. Med Nov Technol Devices. 2022;16:100139. doi:10.1016/j.medntd.2022.100139


https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9066964/#bib45

Experiência da medicina tradicional chinesa para prevenir a SARS no Hospital Popular de Shenzhen

 

A experiência da medicina tradicional chinesa para prevenir a SARS no Hospital Popular de Shenzhen Pinghu e reflexões sobre problemas relacionados

Hu WeidongYang HaomingZheng Gaoping